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2.

A Química da Felicidade

Quando falamos do cérebro, não podemos ignorar a química da felicidade.

A felicidade é o resultado de um cocktail de substâncias químicas. Não há uma “fórmula mágica” mas sabemos que há um conjunto de neuro-transmissores que são actores principais na hora de regular o nosso humor e as nossas emoções.

A serotonina está associada à alegria e à calma, faz-nos sentir bem, dormir e comer bem; a noradrenalina mantém-nos alerta e atentos o que nos ajuda a reagir aos desafios e nos dá a energia mental e física para enfrentar o que vem aí; a dopamina traz-nos a motivação e o prazer, faz-nos perseguir aquilo que nos faz sentir bem; a oxitocina fortalece os nossos laços e as nossas relações; as endorfinas são analgésicos naturais e podem provocar uma sensação de euforia e uma diminuição da dor. Apanhar sol num sítio que nos traz boas memórias, andar de montanha-russa, uma vitória num jogo, amamentar um bebé ou uma corrida são exemplos de coisas que podem libertar cada uma destas substâncias. 

 

Todas as nossas emoções desempenham um papel adaptativo e surgem por uma razão. A tristeza não é um defeito de base. É vista pelo nosso cérebro como desconfortável mas necessária. E, no nosso cérebro, há um sem número de coisas a acontecer para que esta função possa ser cumprida. 

A serotonina diminui o que nos faz sentir menos bem e menos conectados com o mundo; a noradrenalina também contribuindo para a falta de energia e dificuldades de concentração; a dopamina e as endorfinas baixam e as coisas que antes nos entusiasmavam parecem desinteressantes e o cortisol (a hormona do stress por excelência) sobe preparando o corpo para lidar com o que está errado

 

O ser humano foi programado para sobreviver. Procuramos o prazer e evitamos dor. 

O cérebro é um equilíbrio entre “curiosidade” e “cautela” – queremos o novo mas sem morrer a tentar. 

A felicidade funciona como uma espécie de prémio intermitente — uma recompensa ocasional que nos empurra para ir mais longe. Quando sentimos que algo vale a pena, o sistema de recompensa do nosso cérebro responde libertando dopamina, que nos dá o impulso para perseguir objectivos. Ao mesmo tempo, o cortisol — a hormona do stress libertada pelo nosso sistema de alerta — mantém-nos vigilantes, focados no que pode correr mal. 

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